Pedal Poeira e Poesia ®
(porque uma boa rima para aventura é literatura)

"(...) Saúdo-os e desejo-lhes sol / E chuva, quando a chuva é precisa, e que as suas casas tenham / Ao pé duma janela aberta / Uma cadeira predileta / Onde se sentem, lendo os meus versos. (...)" (CAEIRO, Alberto. O guardador de rebanhos)
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 12 de abril de 2011
quem tem saudade de ler Caio Fernando Abreu (há quanto tempo!), se pudesse abrir uma brecha no dia... Credo, que vida doida...
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Corpo - escultura viva
... a dificuldade em definir um caminho, no meu caso, era por querer vários. Mas sempre houve duas linhas norteadoras: primeiro, a Estética (a arte, a forma) - daí ter ficado super dividida entre seguir profissionalmente a Dança, o Cinema ou a Literatura (acabei optando pela última). O outro ponto fundamental sempre foi a atividade física, a coisa de levar o corpo ao limite - daí também o Balé, o Montain bike, o Fitness, etc, etc... De repente, já nel mezzo del cammino, conheci o SwáSthya Yôga (pronuncia-se "suástia"). O real envolvimento com essa filosofia permite entender como ela acaba unindo tudo isso - e muito mais; afinal, pudera, "Yôga" significa união, integração... O SwáSthya Yôga (nome da sistematização do Yôga Antigo) é muito completo, com várias técnicas que trabalham o corpo físico, energético, emocional, mental e intuicional. Uma das oito partes de uma prática completa de SwáSthya é o Ásana (pronuncia-se "ássana"), é a técnica orgânica. Nela, nosso próprio corpo se coloca como uma obra de arte ("esculturas viventes", nas palavras de DeRose).
http://www.youtube.com/watch?v=ouUNJw0TxkQ&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=nwTkHUsgXSE&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=zjJKuSrwaKQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=EH5pFyGATLA&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=xL21GJJHuzM&feature=player_embedded
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dia desses, encontrei uma amiga querida na rua, fazia muito tempo que não a via pessoalmente - só pelos facebooks da vida - e ela, que se inteirava de mim por fotos e postagens, comentou como eu estava certa em começar a dar aula de yôga, que para mudar de profissão, não precisaria ficar me matando de estudar e tal... Ela não falou por mal e expressou a visão que muita gente tem sobre essa área profissional (ou seja, a visão de que não há nada de profissional na área). Infelizmente, tal ideia é até respaldada por uma parcela da realidade, sim ... Porém o que eu faço não tem nada a ver com isso. Faço formação profissional para ser instrutora de SwáSthya Yôga do Método DeRose - um método que possui um caráter acadêmico, uma seriedade superlativa. Em março de 2011, fará um ano que comecei e, então, vou prestar o exame da Federação Nacional de Yôga (mediante convênio com uma Universidade federal, estadual ou católica). Se eu passar, aí sim, darei início à minha formação como instrutora na Universidade de Yôga, cujo tempo total é de doze anos. Estou estudando e praticando pra caramba, pois se trata de uma prova teórica e prática extremamente rígida. Caso seja aprovada, ainda não poderei retirar meu certificado, ele fica retido na Universidade e, só após comprovação de estágio supervisionado por minha monitora, poderei refazer a prova e, só então, se aprovada novamente, retiro o certificado. Estarei habilitada a dar aula de Yôga, mas, se quiser fazer parte do Método DeRose, tenho de continuar minha formação, com revalidações anuais pelos doze anos que havia mencionado, senão meu certificado é anulado e o direito a lecionar pelo Método, cassado.
Em contato há quase um ano com essa filosofia milenar, já houve mudanças incríveis na minha vida, imagine a evolução que posso alcançar se me mantiver seguindo o caminho e as exigências que o Método propõe, um método que é extremamente estruturado e baseado em 5.000 anos da filosofia e da cultura Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya.
Tive vontade de contar isso a quem não sabe, só pra dar uma ideia sobre como funciona o processo de formação no Método DeRose e divulgar sua seriedade. Afinal, quem souber disso tem a liberdade de optar por praticar, por exemplo, com um professor de Educação Física que dá aulas de yôga, após um curso de final de semana ou com um profissional de yôga, de fato, que tenha uma formação de alta credibilidade.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Trechinho para (quem sabe) alguém ficar com vontade de ler mais. Mas atenção: Vá até Guimarães, primeiro, por causa da LINGUAGEM. Ó que lindeza:
"(...) Quando vim, nessa viagem, ficar uns tempos na fazenda de meu tio Emílio, não era a primeira vez. Já sabia que das moitas de beira de estrada trafegam para a roupa da gente umas bolas de centenas de carrapatinhos, de dispersão rápida, picadas milmalditas e difícil catação; que a fruta da cagaiteira, comida com sol quente, tonteia como cachaça; (...) que quando um cavalo começa a parecer mais comprido, é que o arreio está saindo para trás, com o respectivo cavaleiro; e, assim, longe de outras coisas. Mas muitas mais outras eu ainda tinha que aprender. ”
(Guimarães Rosa. "Minha Gente", Sagarana)
domingo, 17 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Este é um poema que, pra mim, não deve ser comentado... é só ele... sem mais palavras. Só o respiro fundo, desde minha adolescência:
HOMEM COM MOCHILA
sábado, 29 de maio de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Preparando uma aula pro 3º do COC (abração pra galera!!!), achei perdido, nas minhas coisas, este trecho do Padre Vieira (séc. XVII).
Parece-me uma noção ambígua em relação ao antropocentrismo... Barroco total mesmo! Muito legal pensar no significado deste texto em relação ao contexto da época (a Contra-reforma e tal...) e o quanto é válido hoje, quatro séculos depois.
"Não é o homem um mundo pequeno que está dentro do mundo grande, mas é um mundo grande que está dentro do pequeno. Baste por prova o coração humano, que sendo uma pequena parte do homem, excede na capacidade a toda a grandeza do mundo. (...) O mar, com ser um monstro indômito, chegando às areias, pára; as árvores, onde as põem, não se mudam; os peixes contentam-se com o mar, as aves com o ar, os outros animais com a terra. Pelo contrário, o homem, monstro ou quimera de todos os elementos, em nenhum lugar pára, com nenhuma fortuna se contenta, nenhuma ambição ou apetite o falta: tudo confunde e como é maior que o mundo, não cabe nele".
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Páscoa
"(...) mas meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz"
(O Rappa)
terça-feira, 16 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
http://globoradio.globo.com/MusicCenter/0,,4497,00.html.
Atenção pra Zona de Impacto da SportV e as rádios temáticas - são várias rádios, de todo tipo, pra todo gosto, só com música, direto, sem publicidade.
Pô, só não tem uma específica de Metal... Mas tem rockão (Radio Rock Heroes), blues (Crossroads FM - muito boa!), reggae (Rádio Rasta), MPB (várias boas - atenção para a Som Livre Apresenta - pra quem gosta de novidade na cena musical e também a Masters FM - só raridades, selecionadas por Charles Gavin), tem tecneira (Beats FM) y muchas cositas más...
terça-feira, 2 de março de 2010
...
...
domingo, 21 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
A minha fica ao lado da cama: é a edição da Poesia Completa de Drummond.
Vira e mexe reencontro nela, como da 1ª vez, uma pedra rara.
Como disse Ezra Pound, literatura é novidade que permanece novidade.
Caras assim, João Cabral, Manoel de Barros, " entesouram frases" .
Por eles, muita admiração, agradecimento e uma pontinha duma inveja, a de terem tirado da minha boca, do meu teclado, palavras como nunca saberei escrever.
Ó aí um exemplo fodido:
PARA A FEIRA DO LIVRO
(João Cabral de Melo Neto)
Folheada, a folha de um livro retoma
o lânguido e vegetal da folha folha,
e um livro se folheia ou se desfolha
como sob o vento a árvore que o doa;
folheada, a folha de um livro repete
fricativas e labiais de ventos antigos,
e nada finge vento em folha de árvore
melhor do que vento em folha de livro.
Todavia a folha, na árvore do livro,
Mais do que imita o vento, profere-o:
A palavra nela urge a voz, que é o vento,
Ou ventania varrendo o podre a zero.
Silencioso; quer fechado ou aberto,
inclusive o que grita dentro; anônimo:
só expõe o lombo, posto na estante,
que apaga em pardo todos os lombos
modesto: só se abre se alguém o abre,
e tanto o oposto do quadro na parede,
aberto a vida toda, quanto da música,
viva apenas enquanto voam suas redes.
Mas apesar disso e apesar de paciente
(deixa-se ler onde queiram), severo:
exige que lhe extraiam, o interroguem;
e jamais exala: fechado, mesmo aberto.